Tesis:

(Re)habitando la ciudad dejada. Apropiación y resignificación del proyecto moderno en Mozambique


  • Autor: RAUL NOORMAHOMED, Patricia

  • Título: (Re)habitando la ciudad dejada. Apropiación y resignificación del proyecto moderno en Mozambique

  • Fecha: 2023

  • Materia:

  • Escuela: E.T.S. DE ARQUITECTURA

  • Departamentos: SIN DEPARTAMENTO DEFINIDO

  • Acceso electrónico: https://oa.upm.es/76894/

  • Director/a 1º: IBÁÑEZ MONTOYA, Joaquín
  • Director/a 2º: VAZ MILHEIRO, Ana

  • Resumen: La presente tesis doctoral propone una nueva forma de leer e interpretar la modernidad arquitectónica de Mozambique para su (re)definición como pa¬trimonio cultural. Concebido en un período controvertido de la historia del país, el de transición desde el colonialismo portugués a la independencia en 1975, este legado constituye, todavía hoy, la columna vertebral de su paisa¬je urbano. Sin embargo, aún no ha sido reconocido ni por las autoridades públicas ni por las poblaciones locales como una herencia endógena a con¬servar, siendo con frecuencia tildado de “colonial portugués” o “patrimonio de los Otros”. Partiendo de la consideración de que el patrimonio es una construcción social, se sugiere abordar aquí esta herencia no como una imagen estáti¬ca del pasado, como plantea la literatura académica actual, sino como una acumulación de apropiaciones y significados construidos y superpuestos a lo largo del tiempo, como si de un palimpsesto se tratara. Para desarrollar este argumento, se acota el análisis al hábitat urbano proyectado durante la fase final de la colonización portuguesa, coincidiendo con el inicio del proceso descolonizador en 1964. Inserido en el propio marco epistemológico y experiencial de Mozambique, este conjunto es analizado a través de sus sucesivas fases de producción social: desde el proyecto a la apropiación y, finalmente, la resignificación. A partir de esta lectura diacrónica se ha buscado comprender cómo “la ciudad dejada” ha sido (re)habitada, rediseñada y moldeada a lo largo del tiempo mediante prácticas tanto formales como informales. Articulando el diálogo con una revisión teórica y conceptual que cuestiona el “discurso autorizado del patrimonio”, se ha intentado responder también qué signi¬fica este legado y a quién pertenece. De este modo, las conclusiones de la presente tesis doctoral avanzan hacia la conformación de un argumento só¬lido para la (re)definición de este patrimonio híbrido y en constante cambio, cuyos valores y significados están vinculados a las prácticas culturales de sus habitantes en su vida cotidiana. ABSTRACT This doctoral thesis proposes a new way of understanding and interpreting Mozambique’s architectural modernity for its (re)definition as cultural herita¬ge. Conceived in a controversial period of the country’s history, the transition from Portuguese colonialism to independence in 1975, this legacy still consti¬tutes today the backbone of its urban landscape. However, it has not yet been recognised neither by the public authorities nor the local populations as an endogenous heritage to be preserved, being often labelled as “Portuguese colo¬nial” or “the heritage of the Others”. Departing from the consideration that heritage is a social construction, it is su¬ggested here to approach this legacy not as a static image of the past, as current academic literature proposes, but as an accumulation of appropriations and meanings constructed and superimposed over time, akin to a palimpsest. To develop this argument, the research limits the analysis to the urban habitat de¬signed during the final phase of Portuguese colonisation, coinciding with the beginning of the decolonisation process in 1964. Inserted in Mozambique’s own epistemological and experiential framework, this paradigm is analysed throu¬gh its successive phases of social production: from the project to appropriation and, finally, resignification. From this diachronic reading, the aim was to understand how “the city left behind” has been (re)inhabited, redesigned and shaped over time through both formal and informal practices. Articulating the dialogue with a theoretical and conceptual review that challenges the “authorized discourse of heritage”, it was also sought to answer what this legacy means and to whom it belongs. Thus, the conclusions of this doctoral thesis move towards the foundation of a solid argument for the (re)definition of this hybrid and ever-changing heritage, whose values and meanings are linked to the cultural practices of its inhabi¬tants in their daily lives. RESUMO Esta tese de doutoramento propõe uma nova forma de ler e interpretar a modernidade arquitectónica de Moçambique para a sua (re)definição como património cultural. Concebido num período controverso da história do país, a transição do colonialismo português para a independência em 1975, este legado constitui ainda hoje a espinha dorsal da sua paisagem urbana. No entanto, ainda não foi reconhecido, nem pelas autoridades públicas nem pelas populações locais, como um património endógeno a preservar, sendo frequentemente designado como “colonial português” ou “património dos Outros”. Partindo da consideração de que o património é uma construção social, su¬gere-se abordar aqui esta herança não como uma imagem estática do pas¬sado, como propõe a literatura académica actual, mas como uma acumu¬lação de apropriações e significados construídos e sobrepostos ao longo do tempo, como se fosse um palimpsesto. Para desenvolver este argumento, a análise limita-se ao habitat urbano projectado durante a fase final da coloni¬zação portuguesa, coincidindo com o início do processo de descolonização em 1964. Inserido no quadro epistemológico e vivencial próprio de Moçam¬bique, este conjunto é analisado através das suas sucessivas fases de pro¬dução social: do projecto à apropriação e, finalmente, à sua ressignificação. A partir desta leitura diacrónica, procura-se compreender como a “cidade deixada” tem vindo a ser (re)habitada, redesenhada e moldada ao longo do tempo através de prácticas formais e informais. Articulando o diálogo com uma revisão teórica e conceptual que questiona o “discurso autorizado do património”, procurou-se também responder o que significa este legado e a quem pertence. Desta forma, as conclusões desta tese de doutoramento ca¬minham para a formação de um argumento sólido para a (re)definição deste património híbrido e em constante mudança, cujos valores e significados estão ligados às prácticas culturais dos seus habitantes no seu quotidiano.